domingo, 30 de dezembro de 2012

Pata de Vaca


Pesquisadores da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), confirmaram o efeito da planta, conhecida como pata de vaca na diminuição do diabetes. Eles descobriram que o chá produzido a partir das folhas da espécie Bauhinia forficata contribui para a atividade antidiabética.

Os estudos foram conduzidos com animais de laboratório, induzidos ao diabetes e tratados com o extrato bruto obtido das folhas da Bauhinia forficata. Os pesquisadores analisaram as substâncias isoladamente e identificaram entre elas a presença do flavonóide kaempferitrina, responsável pela ação hipoglicemiante, capaz de influenciar no tratamento reduzindo o nível anormal de glicose no sangue.

Agora a Univali está desenvolvendo, com a parceria da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc), uma nova pesquisa para analisar o uso da Bauhinia forficata associado ao medicamento glibenclamida, largamente utilizado por pacientes portadores do diabetes mellitus, tipo 2.

De acordo com a farmacêutica Chistiane Meyre da Silva Bittencourt, doutora e professora de química orgânica da Univali, esse novo estudo vai apontar se a associação da Bauhinia forficata ao medicamento convencional pode contribuir ou prejudicar o efeito da glibenclamida.

 

A pesquisadora explica que a ação antidiabética é praticamente exclusiva da espécie Bauhinia forficata. “No Brasil, a pata de vaca mais conhecida é a espécie Bauhinia Variegata, que tem finalidade ornamental e características muito similares a Bauhinia forficata, mas que não apresenta o marcador químico kaempferitrina, relevante para tratamento do diabetes” esclarece. A espécie ornamental possuem folhas com pontas arredondadas e flores rosadas, diferente da Bauhinia forficata que possui espinhos, folhas pontudas e flores brancas com formato mais fino (foto).

Ela alerta que a pata de vaca, assim como outras plantas, tem sofrido adulteração durante o processo de preparação para comercialização. No trabalho de iniciação científica conduzido por Indianara Engel e coordenado por Christiane Bittencourt foram analisadas seis marcas comerciais da espécie Bauhinia forficata e três ornamentais. O resultado mostrou que nenhuma das amostras ornamentais continha kaempferitrina, das outras, apenas duas eram compatíveis a planta certa e todas tinham mais de 2% de material estranho na composição.
                                                                                                                                                  


http://antesqueanaturezamorra.blogspot.com/2012/12/orangotango-salvando-um-patinho.html