quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Por que eles não cuidam da própria saúde?


9 Janeiro 2014
Quem nunca ouviu falar que “homem não tem o hábito de cuidar da própria saúde”? A crendice popular é comum em todos os cantos do país e foi comprovada através de um levantamento feito pelo Ministério da Saúde.
A pesquisa ouviu cerca de 250 especialistas e mostrou que os homens não costumam frequentar os consultórios por três barreiras: cultural, institucionais e médica. Os resultados serviram como subsídio para a criação da Política Nacional de Atenção à Saúde do Homem, implementada pelo Ministério da Saúde através do Sistema Único de Saúde, e que vem sendo divulgada a cada ano, com maior intensidade no Dia do Homem, comemorado em 15 de julho.
Para o urologista Roberto Emílio Manke, que atende na Uroclínica Blumenau, em Santa Catarina, as barreiras culturais são as mais fortes. “O mito de que o homem é uma fortaleza, leva muitas pessoas a acreditar que cuidar da saúde significa perda de virilidade. Desde criança os meninos convivem com ensinamentos como o de que homem não chora ou que não deve demonstrar sinais de emoção e fraqueza”, aponta.
Sem uma consciência maior sobre a prevenção, os homens buscam socorro médico apenas quando já possuem algum tipo de doença. Segundo o urologista, as consultas de rotina deveriam ser realizadas, no mínimo, uma vez ao ano. “A partir dos 45 anos todo homem dever consultar anualmente um urologista. Se o homem tiver um parente de primeiro grau que teve ou tem tumor de próstata, esta consulta deve ser a partir dos 40 anos”.
As doenças que mais costumam atingir o sexo masculino variam conforme a faixa etária e também conforme os hábitos de vida. “Algumas doenças são exclusivas dos homens, como hiperplasia e neoplasia de próstata, e algumas atingem mais homens do que mulheres, como problemas circulatórios e cardíacos, doenças pulmonares, alcoolismo, entre outros. Estas doenças podem ser prevenidas por hábitos de vida mais saudáveis, como diminuindo o consumo de sal, gordura de origem animal, alimentos industrializados, açúcar e carne vermelha, e o aumento do consumo de verduras, legumes, frutas e carnes brancas”, finaliza o médico.

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